
Sem bem lembro,
Pedia-me para esperá-la...
Porém, como posso isso fazer se,
Não tenho chão para pisar,
Ar para respirar... Olhos para olhar...
Só, me sinto sem sentido, sem pulsar,
É como cair no poço da escuridão...
Mas me sinto sensível ao frio do mar
Que vem com a onda, cada vez mais forte...
Oh manto azul! Me leve para o norte...!
Pois creio que é lá,
Onde de mim se esconde
Quero finar se não a encontrá-la...
Mata-me afogado em teus profundos mares,
Oh correnteza que me faz barco em teu leito...
A pena para meu crime é árdua,
Viver no calabouço de teu coração,
Beber do fel de tua boca...
Mas se ainda assim posso contigo está,
Esse é o meu consolo...
Oh meu ramo espinhoso sem flor...
Navegarei no mar de teus cabelos,
Afundar-me-ei em teus seios,
Suas curvas sinuosas...
Embriagar-me-ei de tua voz melodiosa...
Já que é esse meu castigo,
O aceito por menções honrosas...
Meu ninho, por mim já não espera...
Pois ele sabe que não voltarei...
Minha certeza que vou encontrar-te
E como os finos espinhos presentes numa rosa...
Agudo... Certeiro... Exato... Mas alheia flor,
Pois esta, ela dei...
Viver morto é meu fado...
Morrer por ti é honra minha...
Se encontrarem-me já sem vida,
Quero em meu Epitáfio...
“ Finou-se por amor...
Pois sofrer foi sua sina...”

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