
Ali parada...
Nada falava, mas,
O que eu olhava,
Era o mesmo que ela observava...
Aqueles com a esfera nos pés, todos tentavam correr...
Alguns gritavam e viam a poeira subir,
D'onde eu estava, foi tudo o que vi...
O fino ruído cortava o som dos passos...
Pela minha não muito boa imaginação,
Vi aquela flor,
Ao pé do portão, em pé e
Sua silhueta me fazia voar....
Mas parado, estático sem sair do lugar.
O leve voo do frio que por mim passava,
Minha face machucava...
E ela, parada...
Pois estava revestida pelas suas pétalas,
Que eram como um casulo ao nectário...
Euforia... E ocorria,
Que a esfera passara pela baliza...
E os varões se alegravam,
Ao ver a grade flexível mover...
E o pó amarronzado se ascendia ao céu
Me lembro que, voltei os olhos a ela,
Àquela flor, que atrás de mim estava...
Doirados eram os finos fios que,
Tocavam-lhe a espádua...
E teu véu era como prata...
Noutra planície, 3, na placa era o dígito...
Das vezes que a esfera passara pelo arco...
Fechei os olhos e, ao abri-los,
Me via num ensejo contrário,
Uma parede sem brilho...
Era quente, e não frio.
Outras quatro paredes me cercavam...
Dei-me a conclusão de que sonhava...
E o mesmo, pude descrever pois,
Com lágrimas, diluí a matéria que
Discorria pelo espaço ao sair de minha mente...

Um comentário:
Postar um comentário