
Será verdade?
Pensei ao sentir o trepidar da caixa falante,
Que com isso, boas novas me traziam...
Não era quem eu pensava,
Nem tampouco, quem eu esperava...
Ouvir dela a voz, a canção me fez bem e
Daquele sonho, voltei-me renovado...
Quanta saudade, quanta alegria...
Depois disso, quanta euforia,
Era para mim uma carta de alforria...
Pois longas eram as noites sem sono,
Que passei por pensar nela...
Somente...
O que pensa... O que faz... Como está...
E agora, só me resta à vontade de vê-la...
Senti-la... Tocá-la...
Ao ouvir sua ária, pude vê-la a minha frente,
Portando seu bornal,
Seu traje comum... Preto,
Nos lábios, seu sorriso desigual...
Ao colo, seu pingente, um crucifixo prata,
Sendo para sua proteção espiritual...
Naquele breve diálogo de tudo falamos...
Do tempo, da vida... Da lua, estrelas...
Coisas extrovertidas... Coisas sérias...
Mas, mesmo com diálogo, não nos olhamos...
Apenas eu a ela, pois
A desenhava em minha mente...
Com minha imaginação contundente...
Se bem me lembro,
Este dia me foi um dos mais felizes, pois,
Me ligou, comigo conversou...
Prometendo ligar como outrora fizera...

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