
Daquele quadro com seres animados,
Eu vejo um mundo "contrasteado"
Já do outro, um lindo jardim,
Com árvores e frutos, gramas... Capins...
Luzes, flores e um banco arqueado...
A minha direita, uma pequena janela,
Que me mostra o outro lado da vida...
O outro, quase um quatro pintado,
Mas é real... Uma beleza natural...
Com minha chave, destranco o cadeado
Da pequena janela e vejo outra realidade,
O mundo se pintando, na verdade,
À frente tenho a porta do inferno...
À direita, a utopia... Inventividade...
Nessa janela, tudo é lindo...
Flores se abrindo, penas voando,
Aves conversando...
E um homem a isso tudo observando...
Notando, a utopia que este lugar...
O raio do sol é real...
Copas de árvores magistrais,
Não há animais, mas mesmo assim,
Alguns por lá brincavam, com ais...
Agora a minha frente vejo fogo...
Outra utopia, a soberania...
O ódio no diálogo...
No olhar, a mentira... Ambição...
Falta de amor, compaixão...
Sexo, orgias e algumas pessoas,
Que tão a vida para viver...
Pobreza, desgraça e tristeza
Emolduram essa pintura cujos autores,
São os homens de pouca fé...
Sem esperança..
Sem olhos de criança...
Sem amor...
Sem aliança com o criador...
Todos humanos...
Todos profanos...
Sei que isso é realidade,
Da qual não quero fazer parte...
Prefiro olhar da janela da beleza...
Onde vejo a natureza...
A magistralidade da arte de Deus...
Prefiro olhar pelo buraco na parede.
A que ver aquele tubo de infectos elétrons,
Que me mostram a vida, mas vista pelo outro lado,
com a visão que não é minha...

Nenhum comentário:
Postar um comentário